Esta estratégia certamente tornará seu trabalho remoto à prova de IA

Você quer trabalhar em casa? Talvez precise reconsiderar como está atuando. Esta estratégia de desenvolvimento de habilidades pode evitar que a inteligência artificial torne você obsoleto.

A IA pode realmente ameaçar seu emprego remoto?

Considera-se que os empregos remotos estão especialmente vulneráveis à substituição pela inteligência artificial. Embora a IA ainda não seja particularmente eficaz em realizar tarefas humanas, os especialistas do Oxford Internet Institute acreditam que isso está mudando. O estudo deles sobre empregos em risco revela um padrão: quanto mais um trabalho pode ser feito remotamente, maior é a chance de ser substituído. Nicholas Bloom, economista de Stanford, também apontou que a IA poderia assumir muitos postos de trabalho de pessoas que atuam de casa.

Para muitos, trabalhar de casa foi um legado positivo da pandemia de Covid-19. Talvez não seja o caso de todos, mas pelo menos 24,2% dos trabalhadores continuam desempenhando suas funções remotamente, ao menos ocasionalmente, segundo dados do Departamento Federal de Estatísticas (Destatis). Durante a pandemia, essa média foi de 24,9%. Enquanto áreas como saúde e varejo apresentam taxas baixas de trabalho remoto, 76% dos profissionais de TI continuam a trabalhar regularmente de casa. Essas pessoas estão em risco de serem substituídas?

Os detalhes são importantes

A situação não é tão crítica quanto parece. Existe uma razão simples para isso: embora as manchetes possam parecer alarmantes, elas frequentemente ignoram nuances importantes nas previsões dos especialistas. Em geral, os empregos de menor qualificação são os mais suscetíveis à substituição parcial, como:

Atendimento ao cliente
Entrada de dados
Contabilidade
Operadores de caixa
Corretores de seguros
Sem dúvida, ninguém quer que essas pessoas percam seus empregos. No entanto, como sociedade, devemos encarar uma realidade já evidente desde a Revolução Industrial: o que pode ser automatizado, será automatizado. A formação contínua é uma das principais defesas contra o desemprego.

Se as pessoas gostam ou não dessa perspectiva é irrelevante no momento. Quem deseja proteger o futuro de seu trabalho remoto deve aprender novas habilidades.

O valor do discernimento

Se analisarmos as profissões consideradas de baixo risco, elas geralmente exigem um alto nível de habilidade e julgamento, além de serem atividades que, muitas vezes, não podem ser realizadas de forma remota, como:

Cuidados infantis
Cozinheiros
Fisioterapeutas
Assistentes sociais
Artesãos
Essas ocupações compartilham algo em comum: além de serem subvalorizadas por nós, como sociedade, elas demandam treinamento intensivo, crescimento pessoal, discernimento e extrema adaptabilidade. Essas qualidades serão cada vez mais essenciais no futuro.

Contudo, quem depende do trabalho remoto, por qualquer motivo, não pode exercer essas funções. Focar nos extremos não ajuda, então vamos observar o que está no meio. Há empregos que, embora não estejam em risco extremo, ainda permitem o home office, ao menos parcialmente, como:

Jornalistas
Advogados
Designers
Professores
Desenvolvedores de software
Especialistas de áreas como marketing, análise de dados e outras
Essas profissões também serão transformadas pela IA, mas não serão substituídas, pois envolvem algo que, como sociedade, não queremos delegar à inteligência artificial: o discernimento. Esses profissionais coletam informações, fazem julgamentos críticos e continuam suas atividades baseados nessa avaliação.

Para quem trabalha de casa, isso significa aprimorar a capacidade de julgamento e procurar áreas onde essa habilidade seja indispensável.

A chave é aprender a aprender

A “meia-vida” das habilidades profissionais, atualmente, é de cinco anos, segundo um estudo recente publicado pela Harvard Business Review. Isso pode soar alarmante, e de fato, é uma preocupação.

No entanto, há um lado positivo nisso. Essa constatação impõe às empresas a responsabilidade de desenvolver seus colaboradores. Reclamar da alta rotatividade de funcionários, enquanto não se oferece oportunidades de crescimento profissional e pessoal, é uma contradição. As empresas que desejam prosperar no futuro precisam permitir que seus empregados aprendam e se adaptem.

O que devemos aprender?

O Oxford Internet Institute recomenda o desenvolvimento de habilidades interpessoais. A Harvard Business School e o Boston Consulting Group sugerem um papel mais estratégico e uma maior competência na gestão de equipes de nível médio. O economista Nicholas Bloom aponta a empatia como uma habilidade crucial. E eu acrescentaria: pensamento estratégico e o prazer de aprender.

Isso significa que todos aqueles cujos empregos estão ameaçados pela automação precisam encarar essa verdade. A resposta clássica seria: é necessário mais reconhecimento pelo trabalho realizado ao longo da vida. E isso é verdade.

Contudo, o reconhecimento, por si só, não garante emprego. Todos nós devemos refletir sobre o que será necessário no futuro, escolher algo dentro dessa vasta gama de possibilidades e, então, aprender.

Fonte:
https://t3n.de/news/homeoffice-ki-jobs-sicher-1585739/